terça-feira, 1 de abril de 2014

Brasília - Alexandre & Bernard Cornwell


Há já muitos anos que queria visitar Brasília e lembro-me perfeitamente do momento em que essa vontade surgiu. Foi em 1999, quando vivi no Uruguai e tive a sorte de encontrar em Montevideo um álbum belíssimo a preço de saldo que, para assinalar os quinhentos anos da chegada de Cristóvão Colombo à América, recolhia fotografias de diferentes locais em todos os países iberoamericanos, Portugal incluído. Aí, nas páginas desse livro, deslumbrei-me com o trabalho de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer e retive-me particularmente nas imagens da magnífica Catedral Metropolitana de Brasília. Conhecê-la tornou-se uma ideia fixa, um sonho que tive a oportunidade de concretizar há poucos dias. Agora sim, posso dizer que conheço as três capitais do Brasil: Salvador da Bahia (a primeira), Rio de Janeiro (a segunda) e Brasília (a atual). Curiosamente, sempre que partilhei este meu desejo com amigos ou conhecidos brasileiros todos reagiam com surpresa: "E porque é que você quer ir a Brasília?!" Diziam-me que a cidade era monótona, apenas uma grande avenida com prédios iguais à esquerda e à direita e sem nada de especial para ver. No meu entender, nada de mais errado! Ainda bem que persisti de forma obstinada no meu ojetivo: adorei esta cidade diáfana, que a UNESCO classificou como Património Mundial devido ao seu conjunto arquitetónico e urbanístico. Mais: nunca me tinha divertido e emocionado tanto a fotografar arquitetura. Nos quatro dias que lá estive não me cansei de percorrer o Eixo Monumental, que subi e desci várias vezes, demorando-me na apreciação e visita dos seus edifícios mais icónicos: o Congresso Nacional, o Panteão da Pátria Tancredo Neves, a Pira da Liberdade, o Palácio da Justiça, o Palácio do Planalto, o Palácio de Itamaraty, o Supremo Tribunal Federal, o Museu Nacional, a Catedral Metropolitana e, claro está, a Biblioteca Nacional que foi aberta ao público apenas em 2008. Foi aí, no interior desse edifício que pedi ao Alexandre para fotografá-lo enquanto lia "O Forte", de Bernard Cornwell, o autor de que ele mais gosta. Pouco antes de tê-lo abordado, estava a estudar, mas decidiu pegar neste romance histórico para relaxar um pouco. Leitor habitual de todo o tipo de livros, para o Alexandre ler é a diversão máxima. "Fico em casa a ler o fim de semana todo, sem necessidade de sair", disse. Quanto aos livros que mais o marcaram até hoje, foram "Os Pilares da Terra", de Ken Follett, e "A Ditadura Escancarada", do jornalista Elio Gaspari. 

Fotografias da Biblioteca Nacional de Brasília aqui.

1 comentário:

Vespinha disse...

O que eu adorava conhecer Brasília e percorrer aquilo como tu percorreste, sem pressa.